Eleições 2024: três prefeitos dos Sertões de Crateús vivem momentos de indefinição política sobre a reeleição

Depois que Fernando Henrique Cardoso aprovou no Congresso Nacional a emenda que assegurou o direito à reeleição, tornou-se natural que os gestores no exercício do mandato nas três esferas governamentais desfrutem dessa legalidade e busquem se reeleger. Mas, nem sempre esse direito é respeitado pelas principais lideranças dos municípios. Quiterianópolis, Monsenhor Tabosa e Ararendá, nos Sertões de Crateús, vivem esse dilema.

Quiterianópolis

A prefeita Priscila Barreto (PSD), foi eleita em Quiterianópolis com 70,72% dos votos na eleição de 2020, faz um governo equilibrado e com grandes transformações no município. Recentemente, em entrevista a rádio Educadora de Crateús, no programa Direto ao Ponto, ela manifestou o interesse em concorrer a reeleição.

A prefeita de Quiterianópolis foi eleita com o apoio do líder político Dr. Barreto, ex-prefeito do município, que ensaia voltar à prefeitura, caso ele consiga resolver pendências jurídicas que supostamente o impediriam de concorrer ao cargo. A outra opção seria colocar sua esposa, a ex-primeira dama do município, Dra. Juliana.

A indefinição segue em Quiterianópolis no início do ano eleitoral, por conta desses impasses jurídicos e políticos. Dra. Priscila reconhece a liderança de Dr. Barreto, contudo, manifesta o interesse de fechar o ciclo de trabalho disputando à reeleição.

Monsenhor Tabosa

Outra cidade que vive um dilema em relação a reeleição do atual gestor é Monsenhor Tabosa. O prefeito Salomão, foi eleito pelo PDT em 2020 com 55,26% dos votos, apoiado pela família Madeiro, que na época comandava o município, assumindo a gestão naquele período, o então prefeito Jeová Madeiro, que já estava na reeleição e não poderia disputar um novo mandato.

Salomão tocou a gestão municipal nos últimos três anos fazendo uma administração que agrada a maioria população do município. Ele inclusive revelou recentemente, quem tem uma grande admiração pelas políticas sociais do PT defendidas pelo presidente Lula e manifestou interesse em ingressar na sigla por conta dessa dissidência do PDT. Salomão deixou claro que seu trabalho o credencia naturalmente em concorrer a reeleição, todavia, esse cenário ainda parece nebuloso.

Em Monsenhor Tabosa, o clã dos Madeiros já ventilaram a possibilidade da volta de Jeová Madeiro para disputar novamente o cargo de prefeito e ainda foi levantada uma segunda opção, o nome de Wilsinho Madeiro que poderia ser o candidato no lugar do atual prefeito Salomão. Diante das investidas e do imbróglio causado, foi anunciado uma bandeira de paz no bloco situacionista, em que Salomão iria para a reeleição e Wilsinho Madeiro poderia compor a majoritária, o fato é que o quadro, mesmo acordado, ainda permanece indefinido no município.

Ararendá

O município de Ararendá é outro que vive o dilema da reeleição do atual gestor, Alexandre Félix (PT). Ele foi eleito em 2020 com 66,16% dos votos com o apoio da maior liderança política do município, o ex-prefeito Aristeu Eduardo (PT), que ficou dois mandatos na gestão e fez o sucessor.

Alexandre Félix tem evitado falar sobre o assunto para não ferir a liderança de Aristeu que conta com o apoio das lideranças das instâncias superiores da legenda petista. O ex-prefeito costuma deixar a decisão para última hora, no pleito passado, ele deixou para revelar o nome de seu sucessor no último prazo exigido pela legislação.

Nos bastidores comenta-se que o candidato pode não ser Alexandre Félix e sim, a esposa de Aristeu Eduardo, a vereadora e presidente da Câmara Municipal, Rachel Eduardo. Mas, essa decisão deve se arrastar por mais algum tempo.

Os prefeitos desses três municípios, aguardam o diálogo com as lideranças que os ajudaram na primeira eleição. A demora na decisão causa danos ao grupo político da situação que vive a agonia do dilema, entre a liderança do município e o atual gestor da cidade.

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